19 março 2006
Ali na savana
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O sol intenso da savana, o replicar constante da cigarra, o cheiro acre a terra húmida e aquela curva ao fundo da picada que a vista esperta mal alcança.
Ali, onde o homem e a natureza se fundem e se confundem. Onde trocam olhares cúmplices. Onde se enamoram e sorriem ao tempo que passa devargarzinho num olhar que chiqui-chiqui outro olhar. Onde o bafo quente, em forma de vento manso, desfalece em encantamento doce que ondula ao som longínquo da marimba e do batuque.
Ali, onde o bicho fome bota fora, no caminho da estrada, sua força de grandeza grande noutro bicho que outro bicho lhe há-de comer. Onde o chamamento brota vigoroso e musculoso das profundezas da terra no agitar maluco duma marrabenta. Onde se sente vibrar o trepidar forte dos corpos felinos que desafiam o danado do xicuembo.
Ali, onde a vida não sabe que vai,... o sorriso vem num raio de sol... e passa de mão em mão...
 
posted by José at 05:25 | Permalink |


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