Vila do Pinhão, rio Douro e Qta das Carvalhas ao fundo. “Doiro, rio e região, é certamente a realidade mais séria que temos. (...) nenhuma outra nesga de terra nossa possui mortórios tão vastos, tão estéreis e tão malditos. Basta sentir no corpo, uma só vez, a dentada daquelas fragas que devolvem ao céu, agressivamente, a luz recebida, (...) para se ver que não há desgraça maior dentro da pátria, nem semelhante via-sacra de meditação. (...) Beleza não falta em qualquer tempo, porque onde haja uma vela de barco e uma escadaria de Olimpo ela existe. Mas a própria beleza deve ser entendida. Não é subir (...) contemplar o abismo, e quedar-se em êxtase. Não é espreitar de (...) e sentir calafrios. Não é descer para (...) estacar (...) e abrir a boca de espanto. Não é ir a (...) ou ao miradoiro de (...) olhar o caleidoscópio, e ficar maravilhado. É compreender toda a tragédia, desde a tentação do cenário, à condenação de Prometeu, ao clamor do coro”.
Miguel Torga, in Portugal, 5ª Edição, 1986
Spartakus,
olha linkamos. Juro que não combinamos nada.
Abraço