30 setembro 2006
Vindimas*
Fui ao Douro às vindimas,
não achei que vindimar.
Vindimaram-me as costelas.
Olha o que lá fui ganhar!

* Cancioneiro de Barqueiros
 
posted by José at 20:42 | Permalink | 5 comments
28 setembro 2006
As palmeiras
Eu estou ali. Mas do lado de trás.

Agora que as últimas férias vão ficar para a história, esta é para meter pirraça a mim próprio.
 
posted by José at 13:15 | Permalink | 7 comments
26 setembro 2006
A liberdade
A liberdade é, na sua plenitude, um ente imaterial. Só no plano virtual a podemos expandir em toda a sua extensão. Em pensamento somos totalmente livres. Livres para o melhor e livres para o pior. Para o mais virtuoso acto de amor ou para o mais abjecto acto de crueldade. Quem nunca foi capaz do mais terno desejo e do mais torpe pensamento? Essa é a liberdade que não tem limites, nem molesta ninguém a não ser o próprio.
No espaço físico as coisas não têm essa amplitude. Estamos reduzidos às quatro dimensões que os nossos sentidos identificam. Por isso, obrigados a reduzir a liberdade a esses quatro pontos cardeais. Os limites, esses, estão na nossa consciência e, esta, tem como termo a não violação (sem seu consentimento) do espaço reservado ao próximo.

PS - Post feito a partir de um comentário deixado nas "As três pirâmides".
 
posted by José at 01:34 | Permalink | 7 comments
25 setembro 2006
A visão
É tua a visão. O olho, esse, é meu. Está-me a ver mas eu não.
 
posted by José at 01:41 | Permalink | 11 comments
22 setembro 2006
Mar de Outono
Chegou o Outono. Com ele, as primeiras chuvas e os primeiros dias de aulas. O Pedrito lá foi todo gaiteiro. Mochila “pintarolas”, boné “number nine” e consola “Xpto”.
Já de regresso a casa, a borrasca havia deixado a sua marca por todo o lado. Até aquela depressão no piso do arruamento se transformara num pequeno e espelhado charco de água. Ainda viu, ali, a errante andorinha saciar a sua sede antes de partir, em voo gracioso, para terras mais amenas.
Porque o pai se atrasara, o Pedrito pousa a mochila, senta-se na berma do passeio, ainda exibe um gesto à procura da consola mas o olhar prende-se-lhe naquele charco onde se desenhavam suaves e mágicas ondas concêntricas.
Num ápice, o charco era um grande mar. A folhinha seca, flutuando à tona, um enorme transatlântico cruzando oceanos. Até as pequenas partículas submersas eram cardumes infinitos de peixes coloridos.
O mar… ah, o mar!?... Que haveria para lá do mar? Que outras terras, que outros meninos? Que outras coisas haveria por lá? Seria para lá que iriam as andorinhas que teimam sempre em chegar quando é Primavera?
E os barcos? Iria ele, um dia, navegar no mar azul, num desses paquetes gigantes até à terra das palmeiras com praias de areia branca?…
O Pedrito de olhos arregalados, exorto naquele pensamento que o levava a terras distantes, deixa escapar um terno suspiro e, de tão extasiado, nem o roncar forte do motor, de um enorme camião que se aproximava, o fez despertar.
Num instante, daqueles mais breves que o mais breve piscar de olhos, o seu coração deu um salto, o seu corpo enregelou, a sua boca se assombrou… a roda do monstro havia desfeito o pequeno charco e havia-o salpicado com a água do seu mar…
 
posted by José at 14:51 | Permalink | 9 comments
21 setembro 2006
Tropical connection
Ok. Já temos as tempestades. Venham de lá as praias.
 
posted by José at 09:17 | Permalink | 7 comments
20 setembro 2006
A oliveira e o Douro
Ainda bem que há oliveiras para enquadrar o meu olhar.
Decididamente, não tenho vistas para tanto Douro.
 
posted by José at 00:47 | Permalink | 3 comments
19 setembro 2006
Estou fã
Definitivamente, estou fã da senhora.
Erros? Haja quem atire a primeira pedra.
O nosso sistema educativo é caríssimo. Dos mais caros do mundo. Os resultados, esses, são os que se conhecem. Pior, era quase impossível. Era preciso mexer na podridão. Valeu pela coragem.
Certezas? Não tenho. Mas a Educação, em Portugal, não mais será como antes.
E não será por inércia que continuaremos a alimentar o monstro.
 
posted by José at 01:00 | Permalink | 5 comments
17 setembro 2006
Mais que paixão
Celebram-se, este ano, 250 anos sobre a data de assinatura do decreto de Sebastião José de Carvalho e Melo (o Marquês de Pombal) que instituiu, demarcando e regulamentando, a primeira região vitícola demarcada do mundo – o Douro.
O rasgo vanguardista do 1º Ministro de D. José I (gosto deste nome, José), e a legislação que produziu para o efeito, visava sobretudo proteger e valorizar a origem e a genuinidade do vinho que antes de ser do Porto e do Douro fora o “vinho cheirante de Lamego”.
A revista VISÃO desta semana dedica-lhe um suplemento especial. É uma visão da região que não deixa de despertar de paixões.
Mas o Douro é muito mais que paixão. Por isso é preciso vê-lo, tocá-lo, senti-lo, vivê-lo, comungar os seus segredos, partilhar a sua magnificência, percorrer os seus trilhos, desafiar o rio que lhe deu o nome, prescutar o imaginário de Eça, Torga e João de Araújo Correia… no Douro não basta estar, é preciso ser.
E porque o ser também precisa de alimento, logo mais, vou por esse Douro adentro beber dessa porção mágica que o Homem e a Natureza por aqui geraram no mais belo e inebriante acto de amor.
O convite está feito. Queres vir?
 
posted by José at 01:02 | Permalink | 2 comments
14 setembro 2006
É da vida
Depois de uns ricos verões. Sim, porque antes de chegar aqui o Verão já havia chegado a outras bandas...

Lá para as bandas da pirataria…

Está a chegar o Outono e lá terá que ser…
E não tenho que me queixar. Ele faz parte da nossa vida.
 
posted by José at 14:09 | Permalink | 5 comments
13 setembro 2006
Trash
Ok. A trabalhar é que a gente se entende.
Fosse todo o lixo deste gabarito e a coisa seria bem mais fácil...
 
posted by José at 01:52 | Permalink | 4 comments