Naquele piquenique de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela;
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas,
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!
José,
O poema de Cesário, a letra da canção la fin de l'été sur la plage.
Adoro este poema!
Adoro também, viajar nos teus pensamentos da poesia!
Sabe de uma coisa?!Não existem piqueniques sem formigas.Como não existem arco-íris sem chuva, e nem mel sem abelha, porque elas picam.
Uma remessa de abraços pra você e para teus visitantes!